Bárbara afirmou que está apoiando o movimento do CEB pelo fim das irregularidades no Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UVV. Mesmo querendo que o apoio seja desvinculado de legendas, não há como esconder que ela é dirigente de um movimento que reúne 800 jovens, entre 19 e 25 anos de idade.
Formada recentemente em Relações Internacionais pela universidade, ela se prepara para encarar mais uma graduação, desta vez em Jornalismo. Ela garante que ficou quatro anos e meio no curso sem ver projetos de mudança.
“Por mais que eu seja ligada a um partido político, o que conta mesmo é o objetivo comum. Precisamos unir os estudantes. Há muitos que não são ligados a partido nenhum, por isso a luta tem que ser apartidária”, afirmou. Para Bárbara, o que deve acontecer na universidade é aproximação entre DCE e estudantes, não a distância que está acontecendo. Ela disse, ainda, que deve haver uma conversa aberta e uma gestão que prime pela transparência. Prestação de contas está dentro das exigências.
Quem vencer as próximas eleições, que se anunciam para este mês, segundo Bárbara, deve ser conhecido pelos estudantes. “O vencedor deve fazer uma assembléia geral e dizer que ele ganhou, para todo mundo saber”, afirmou.
Sob avaliação
Nem todas as siglas que envolvem a juventude, porém, estão com apoio fechado ao CEB. O PSB Jovem de Vila Velha ainda não se decidiu. A entidade conta com cerca de 150 filiados e 20 militantes. Albeniz Junior, presidente da ramificação do partido, por sinal o mesmo do governador Renato Casagrande, afirmou que tem acompanhado a situação. O grupo, segundo ele, ainda não deliberou se será apoio oficial e precisa se reunir para decidir.
Albeniz, estudante do Mestrado em Ciências Sociais na Ufes, se revelou um tanto cauteloso com a situação. Ele afirmou que, a princípio, vê com bons olhos a criação do CEB, se for para apurar irregularidades ocorridas nas gestões no DCE. “Não sei se o grupo quer apurar irregularidades ou quer fazer denuncismo. Temos que avaliar o movimento estudantil”, afirmou .
Denúncias
O CEB foi criado este ano com o objetivo de apurar irregularidades no DCE. As denúncias, porém, circulam no Ministério Público Estadual (MPES) desde 2009. Enquanto isso, acontece uma luta de filiados a partidos, além de simpatizantes e não simpatizantes. O movimento começa a tomar forma, como se estivesse ensaiando para as próximas eleições municipais, em 2012. A atual presidente do diretório de estudantes, Leônia Tozetti, é ligada ao PCdoB, assim como a ex-presidente Patrícia Siqueira.
Um dos cabeças do movimento contrário à atual gestão do DCE é o estudante de Economia da universidade Ricardo Aguilar, integrante do CEB, recém-filiado ao PSDB e ligado à ONG Transparência Capixaba Jovem.
O CEB é formado por mais de 10 centros acadêmicos da universidade e organiza uma intensa movimentação política nas redes sociais. O grupo também prepara uma nova edição do jornal Painel Universitário e promete publicar informações comprometedoras em relação ao atual sistema político do DCE.
Mesmo estando vinculado ao nome da instituição, o DCE é uma entidade independente, segundo a assessoria da UVV, e tem autonomia para responder por seus atos.
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